Há muitos anos que é "senso comum" que a carne branca é muito mais saudável para a saúde humana do que a carne vermelha. Sempre tive isso como um dado adquirido, mesmo nos primeiros anos do meu curso de Engenharia Zootécnica. No entanto, acho que já ia bem lançada no meu último ano, quando fui assistir a uma palestra em que interviu a Doutora Conceição Martins, em que esta defendia e justificava as vantagens da carne vermelha em comparação com a carne branca. Neste momento, nem me lembro muito bem dos argumentos, mas a ideia ficou-me para divulgar mais tarde.
Imagem retirada de WikipédiaA grande diferença entre a carne vermelha e a carne branca, do ponto de vista nutricional, é a quantidade de gordura saturada (considerada nociva para a saúde, quando em excesso) e o teor em colesterol, sendo em média muito superiores na carne vermelha. No entanto, se se ingerir preferencialmente determinadas peças da carcaça, como o lombo, as febras, se se retirar o excesso de gordura subcutânea que envolve a peça, antes de esta ser cozinhada, e se esta for cozinhada de modo adequado, é tão benéfica para a saúde quanto a carne branca. Sendo que as ligeiras variações nos seus constituintes, justificam que uma não substitua a outra, mas que em conjunto façam parte de uma dieta variada.
Do mesmo modo, fontes proteicas de origem vegetal, não são um substituto das de origem animal, sendo que estas últimas têm um perfil em vitaminas e minerais diferente das primeiras, num balanço adequado, e, adicionalmente, a proteína da carne tem elevado valor biológico, em oposição à proteína vegetal, ou seja, é mais benéfica para o crescimento e desenvolvimento do corpo humano.
Em síntese, uma boa dieta, é uma dieta variada. Não devemos excluir nada da nossa alimentação, todos os alimentos têm na sua composição constituintes com benefícios para a saúde. O importante é o equílibrio destes.
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